Depoimentos

Olá pessoal! Aqui é o espaço reservado para os jornadeiros (UMA VEZ JORNADEIRO, SEMPRE JORNADEIRO!) que quiserem deixar seus depoimentos. Quem tiver interesse é só entrar em contato com alguém da coordenação que agente coloca aqui!


Thaiane - 09N

"Nada se compara ao clima e ao espirito daquele lugar!
Na verdade acho que é um conjunto de fatores, acho que nós temos uma boa parcela de "culpa" por tornar isso tudo tão especial.
Acabo de voltar 5 dias de um cruzeiro onde não me faltou nada, podia dormir o quanto quiser, sem trabalho para cumprir e garanto que não teve a menor graça.
Para ajudar minha depressão, teve um show cover da Marisa Monte e olha só, eles tocaram vilarejo!
Filmei e depois mando para vocês!
Talvez, esses 5 minutos de musica que me transportaram imediatamente para Córrego Fundo ao lado de todos vocês, tenham sido os melhores 5 de toda minha viagem!

Vocês são verdadeiros conquistadores baratos, que quando entram no coração não saem nem por um decreto! hauahua
Beijos, Jornadeiros!
Saudade!
Thai”

Daniel - 08N

"ai gente q saudadeeeeee de vcs, daquele lugarzinho escondido nos ricões de minas gerais, daquelas crianças tão especiais... nunca pensei q ia chorar tanto na minha vida!!

Me apeguei tanto àquele lugar nesses 3 anos de Jornada q já me sinto córrego fundense e tenho certeza q vcs tbm se sentem assim. Só pelo carinho q a população tem pela gente já dá pra se sentir "de casa" não é?. Meus amigos não jornadeiros até me zoam de tanto q falo de Jornada...mas fazer o q? amo d+ esse projeto!!

Tenho pena deles, pois sei q jamais eles saberão o q é receber uma cartinha do Alex, um macaquinho do Igor, dezenas de desenhos e fotos com dedicatória, abraços apertados e beijos das crianças do chiba e de córrego fundo de baixo,
Não ouvirão as crianças do chiba os chamando de "tio" nem tão pouco de "vô"
Tbm não vão sentir o coração apertar quando ouvirem vilarejo, epitáfio ou mudaram as estações da Cássia Eler
e pouco ou nada saberão da beleza especial de um céu estrelado

ah! Ontem a Gleiziele me ligou, vcs não imaginam a felicidade com q atendi o celular! ela pediu pra q voltássemos logo...não podemos deixá-la esperando né? precisamos marcar nossa volta logo!

e Thai, realmente Vilarejo é uma música q tem a capacidade de nos transportar pra córrego fundo esteja onde estivermos, não consigo escutar sem chorar...ainda mais se for na voz da Karol...

abraço e bjs pra tds!"

Luiza Fereirra - 010D

"Queridos jornadeiros,

Imagino que vocês estejam sentindo a mesma confusão de sentimentos que eu e é por isso que venho aqui escrever esse e-mail. Pra ver se consigo organizar meus pensamentos e dar um jeito nessa bagunça que está minha cabeça!

Já faz quase uma semana que voltamos e ainda me encontro muito emocionada de ter vivido essa jornada com vocês - e espero permanecer pra sempre, se possível. Inúmeras vezes me deparei com meu irmão, irmã, mãe, pai, amigos falando comigo e meu pensamento lá, em Córrego Fundo; abri armários, geladeiras sem mais saber o que buscava; no banho devo ter me ensaboado mais de uma vez pq não me recordava do que já tinha feito... enfim, perdida! Se em um instante estou contentíssima só lembrando de tudo, em outro instante já me encontro morrendo de saudade!

Eu não sei se já disse o que vou escrever, mas em todo caso fique pra ratificar e registrar.

Não gostei do modo como fui pra essa viagem. Participei dos treinamentos sim, mas não me empenhei a ponto de merecer ir - tanto é que justamente não fui convocada. Sinto pela Marcela não ter ido uma vez que tenho certeza de que ela amaria. Ainda mais depois de todo trabalho que ela deve ter feito, assim como todos vocês!
Felizmente pra mim, surgiu essa oportunidade que foi um verdadeiro presente na minha vida! Tenho certeza que se eu tivesse sentido antes um pinguinho de qualquer sentimento lá vivido, eu teria feito de tudo pra passar na prova e não contar com a sorte.

Certamente, se não fosse a jornada no meu epitáfio iam ter que escrever: Devia ter amado mais/Ter chorado mais/Ter visto o sol nascer...enfim

Acredito que eu tb finalmente aprendi amar o próximo e desejar sinceramente o seu bem. E não troco isso por nada!

Sem contar com a chama de esperança que a Pri me deu ao fazer seu pequeno discurso de despedida. Tentar mudar o mundo não é um sonho juvenil que vai passar e quando adultos cada um por si...por mais pequenas que sejam, com boas ações podemos tornar esse mundo muito melhor!

Espero sinceramente que essa nossa passagem por CF tenha feito tão bem pra eles, como foi pra gente. Que a esperança tenha sido semeada e floreça enfeitando os caminhos, os vestidos, os destinos e canções. De fato não há como negar que aquele vilarejo é Terra de heróis, lares de mãe e que o paraiso se mudou para lá.
E mais do que isso: qualquer lugar pode se transformar no paraíso!
Basta nós querermos!

Bom, pra finalizar só queria expor um desejo meu: permanecer amiga de todos! Vocês são incríveis e verdadeiros exemplos a seguir!

Um beijo enorme de uma eterna jornadeira que fará de tudo pra esse lindo projeto se perpetuar por muito tempo ainda!

Obrigada por tudo! "

Lucas Hoffmann - 08D

"É engraçada a forma como eu me sinto a cada vez que eu vejo um comentário de vocês sobre a Jornada. Acho muito curioso o fato de todo mundo ter saído dessa forma de Córrego Fundo. O que tem naquela cidade que deixa a gente dessa forma, né?
Não sei, mas eu estive pensando sobre isso, fui percebendo que eu não paro de pensar na Jornada e a cada vez que eu me lembro de como foi lá eu fico com um sorriso bobo no rosto! Me lembro do que eu falei pras famílias enquanto nos despedíamos, dizia que na próxima cidade provavelmente não receberemos o mesmo carinho que recebemos em CF... Mas depois de ver tantos comentários fantásticos e nostálgicos sobre a Jornada eu vejo que talvez não seja bem assim! Não é só em CF que há pessoas carentes de atenção, pessoas que sentem uma alegria imensa por ver alguém quase desconhecido falando que sentirá muitas saudades e que chora na despedida... Em outras cidades também moram essas pessoas, em São Paulo também moram! O primeiro exemplo desse tipo de pessoa que nós podemos encontrar é quando nós olhamos pra nós mesmos! Talvez essa carência seja o outro sentimento que nós temos em comum, além do ideal jornadeiro e tantos outros. Não é possível, se não fosse ela nós não estaríamos dessa forma enquanto vivemos de novo nossas vidas normais! E vivendo essa vida de novo eu me estranho, parece que um pedaço de mim ficou em Córrego Fundo: como pode, em São Paulo, eu não ter proseado uma vez sequer com uma pessoa desconhecida, com uma tia da pastelaria ou do sorvete! Como pode eu ter cruzado por várias pessoas e não ter cumprimentado algumas delas! E pior, como pode eu não ter sorrido pra pelo menos uma das várias crianças que eu já vi passarem! Ok, certamente se eu tivesse feito alguma dessas coisas eu seria chamado de louco ou iriam querer me linchar. Mas poxa, será que isso não aconteceu até agora porque esse Hoffmann ficou em Córrego Fundo ou porque eu não tentei mudar o que está a minha volta? As pessoas daqui podem ser mais desconfiadas e carrancudas, mas quem sabe se eu não "abordar" a pessoa de uma forma diferente um sorriso não se abre no rosto dela?
As palavras do João me fazem mais sentido agora: passar esse sorriso pros outros é algo que eu acho muito nobre e que deve ser tentado, tanto aqui (mesmo entre nós, quando nos vermos sob a marquise da Farma em momentos de correria e "carrancudisse") quanto na próxima cidade. Dessa forma a gente ainda deve ser adotado, assim como pelas famílias de CF, pelas famílias da cidade X, da Y, etc e etc...
Queria falar mais coisas, mas enfim, acho que mesmo se eu tivesse palavras elas não seriam suficientes pra expressar o quanto eu me sinto privilegiado por ter vivido esses 16 dias e por ter memória deles pro resto da minha vida!
E Lu, apesar de a Marcela não ter ido pra CF eu tenho certeza que ela não se desanimou pra ir pra próxima cidade! Aproveite isso e dê o seu melhor pra proporcionar pra Marcela (e tantos outros), na próxima Jornada, a mesma coisa que nós sentimos!
Saudades... queria viver pelo menos um dia dessa Jornada de novo. E tenho certeza que, não importa o dia que seria, ele seria perfeito! Obrigado a todos!

Beijos e abraços, não vejo a hora de revê-los =]"

Livia Maia - 010D

"Olá Jornadeiros, queridos queridos jornadeiros!

Todos os comentários até agora tem caido como verdadeiras peças, peças perfeitas desse quebra-cabeça... de sentimento, de saudade, de esperança!
Minha mala, desfiz hoje, fiquei a semana toda olhando pra ela, e ela olhando pra mim, parecia que desfazer a mala era como "desarrumar" uma saudade daquela cidade maravilhosa! Cada roupa era uma risada, era uma reunião geral, um almoço engraçado, cada peça me remetia a uma história maravilhosa que todos vocês traziam toda a noite, e eu adorava escutá-las (e se lembrarem de mais alguma, contem por favor), e queria mt ter conhecido todas essas familias que vocês conheceram. Cada peça era uma saudade e uma lembrança gostosa, e quando achei aquela bata verde, ah... foi triste! Pensei em guardar, deixar como lembrança, mas pra que deixar de usar essa bata, não é mesmo?! Essa viagem acendeu o espirito jornadeiro em nós, e como sabemos, UMA VEZ JORNADEIRO, SEMPRE JORNADEIRO!
Quando cheguei em casa, quarta passada, achava que ia ter um monte de história pra contar aos meus pais e amigos, porém, infelizmente, não conseguia falar mt sobre o que tinha sido passar esses dias em Córrego Fundo. Uma coisa dessas acontece poucas vezes na vida, e não dá pra falar, dá pra sentir, pude apenas dizer "Foi maravilhoso". Assim como nos treinamentos falavam que era demais, só quando pude sentir, quando vivi todo dia na pele o que é ser jornadeira é que pude de fato sentir e me emocionar. Poderia falar por mil horas o que foi a Jornada para muitas pessoas, mas tenho medo de não ser fiel, tão fiel ao que senti lá.
Mais uma vez, serei eternamente grata, todos vocês, sejam os mais próximos, ou aqueles que pouco conversei, infelizmente, foram especiais demais, e arrisco a dizer que inesquecíveis.
Nessa viagem, aprendi, ou melhor, aprendemos o valor de um sorriso com seu Zé Gabriel, o valor de um "Como vai?" com Seu Gabriel, o valor de um pouquinhoinhoinho de atenção com a Dona Áurea, o valor do sentimento mais simples com o Alex, com o Igor e com outras tantas crianças, o valor da calma e compreensão com a Bianca, entre tantas outras coisas e pessoas maravilhosas! E mais que isso, aprendemos o valor de uma pessoa... Cada criança que conseguimos fazer o exame de anemia (por mais que faltassem outras 70), o valor de uma orientação (por mais que outras 15 não se importassem), ver que uma pessoa que chamamos na rua para fazer o exame de diabetes passou por lá (por mais que tivéssemos chamado mais de 20)...
Aprendi, ou melhor, aprendemos que não importa quantas pessoas atingimos, ou quantas faltaram atingir, valeu cada uma... cada senhor, cada senhora, cada rapaz, cada moça, cada criança.
Mas concordando com o querido Hoffmann, não vamos guardar nossa bata verde na gaveta, nem guardar o sentimento jornadeiro no coração, vamos extrapolar, e tentar fazer qualquer coisa por mais simples que seja (que seja um sorriso então, ou um bom dia). Só não vamos nunca deixa esse espirito se apagar, e lembrar que se olharmos pro lado com atenção, vai ter sempre alguem precisando de uma "prosa", de uma atenção, de um sorriso, de um olá... Não vamos deixar que a rotina dilua esse espirito que ganhamos e carregamos agora, pois pra mim é um privilégio, por mais difícil que pareça! E vamos nos lembrar que como bons jornadeiros, arregaçamos as mangas, e fazemos... qualquer coisa por mais simples que seja!

Beijos a todos vocês querido jornadeiros

desejo a todos apenas simples sorrisos...

ps.: Mais uma vez dedico feijõezinhos a todos vocês.
ps2.: saudade daquela rotina maravilhosa com todos. "

Beatriz Cacciacarro - 08N

"Ola Jornadeiross!!!

Ver depoimentos tão profundos como o de vocês, me deixa maravilhada!!! Gostaria muito de poder estar com vocês agora!! De dar um abraço bem apertado em cada um! Queria ter aproveitado melhor o tempo lá, ter dormido menos!! Essa Jornada, minha terceira, assim como as outras foi MARAVILHOSA!! Como os jornadeiros antigos sabem... não tem como comparar Jornadas! Cada uma é única e inesquecível de sua maneira e fica marcada em nossos corações pra sempre! Assim como todos os jornadeiros e todas as pessoas de córrego!

Eu sempre amei muito esse projeto!! Lembro do meu primeiro ano, fui como jornadeira de parasito e, embora eu adore o lab, sentia uma certa inveja do pessoal de campo pela facilidade do contato com as pessoas! Me lembro da minha primeira campanha, eu estava fazendo questionário, e foi o primeiro momento que eu senti, de verdade, como aquelas pessoas eram maravilhosas e que o mínimo que conseguíssemos passar pra elas, faria a diferença! Cada comentário nosso - um sorriso deles, cada causo deles - um sorriso nosso! Uma onda de amizade e de confiança ia surgindo entre dois estranhos!! Nós tentando ensina-los bons hábitos e eles nos dando lições de vida, muitas vezes sem perceber!
Nas atividades, conheci muitas pessoas, adultos e crianças, entre elas o Alex, que sempre foi tao carinhoso quanto vcs sentiram!! Não tinha como não me apaixonar por essas pessoas! Queria que elas sempre lembrassem de nós, que melhorassem suas vidas e aprendessem o máximo possível!!
Me doei com todas as forças e tentei vencer todas as barreiras que me impediam de ser uma boa jornadeira! Me convenci - depois de muito conflito interior - que não era tímida, que não era uma pessoa fechada, que tinha capacidade de ajudar alguem ou de ficar amiga de estranhos tão rápido! E desde então fico abismada tentando entender o porque de conseguir ser tudo isso lá e de ser tão difícil ser e fazer o mesmo aqui, em são paulo.
Aqui nós nos preocupamos em viver nossas vidas e conseguir empregos bons e estáveis, já em Córrego, imergimos na realidade deles, nos dispomos a ser as melhores pessoas possíveis e nos doamos de corpo e alma em prol a um ideal! Talvez seja isso que falte aqui em São Paulo, ou em qualquer outro lugar! Nos doarmos! Querer ser o melhor jornadeiro possível na jornada de nossas vidas! Querer fazer a diferença, nem que seja somente pra uma pessoa!

UMA VEZ JORNADEIRO... SEMPRE JORNADEIRO!
Então fica aqui um pedido que vale tanto pra vcs quanto pra mim mesma!
Sejam, SEMPRE, os melhores jornadeiros na jornada de suas vidas! Não vivam simplesmente, deixem sua marca! Criem novos jornadeiros! Contagiem o mundo e façam todos acreditarem na UTOPIA!!

O mundo pode melhorar... basta dar o primeiro passo!
Abraços apertados em todos vocês!!
Levo vocês em meu coração!

Bia"

Bá - 09D:
"É uma experiência incrível. Um sentimento que chega silenciosamente e te transforma sem derramar nenhuma gota de sua essência.
Uma vez jornadeira, sempre jornadeira!"

Du - 07N:
"A Jornada é inexplicável! Lá os jornadeiros passam por experiências de vida que só podem ser vivenciadas durante a Jornada. A convivência com a população local, a troca de conhecimentos com os moradores, o carinho, a atenção e a receptividade deles é uma coisa muito marcante.
Além disso, a Jornada é uma excelente oportunidade pra conhecer pessoas da faculdade que você não conheceria em outra oportunidade e também pra fortalecer os laços de amizade com quem você já conhecia em São Paulo.
Lá você também aprende a valorizar pequenos gestos como um sorriso recebido de uma criança, um abraço de uma mãe em agradecimento ao trabalho da Jornada e até aprende a conviver melhor com as pessoas a seu redor. Afinal, são 15 dias de convivência com mais 45 pessoas, dividindo uma sala de aula com 25 pessoas pra dormir, dividindo 3 ou 4 banheiros pra tomar banho etc. Mas apesar das filas pra tomar banho e de ter que acordar cedo todos os dias, é uma experiência fantástica, da qual TODOS que participam voltam diferentes e com uma nova visão do mundo!"


Nati Mauadie - 09D:

"Algumas pessoas pensam que a Jornada se resume a ficar 15 dias numa cidade pequena prestando assistência a uma população carente e dizem que nunca perderiam esse tempo de férias para fazer isso... Mas é porquê elas nunca experimentaram! Antes de ir pra jornada eu tinha uma expectativa de que iria ser bom... Vou dizer uma coisa: não foi bom, FOI INEXPLICAVELMENTE MÁGICO! Você volta outra pessoa: começa a "acreditar na utopia". Nós tivemos um pouco de trabalho para conseguirmos mudar ALGUNS habitantes de Córrego Fundo falando hábitos de higiene e saúde, já eles conseguiram mudar TODOS os jornadeiros sem fazer esforço algum! Só nos mostraram (mesmo que sem querer) o imenso amor fraternal que eles têm e conseguiram nos contagiar. Ganhei 15 maravilhosos dias nas minhas férias."